A Romanização
A Romanização em Portugal foi um processo de integração cultural, política e econômica das comunidades locais ao Império Romano, iniciado com a conquista da Península Ibérica em 218 a.C. Sob domínio romano, regiões como Lisboa (Olisipo), Santarém (Scallabis) e Óbidos ganharam importância estratégica e econômica.
Olisipo, atual Lisboa, tornou-se um importante porto comercial, integrando-se às rotas marítimas romanas. Com a sua posição privilegiada no estuário do Tejo, a cidade desenvolveu um sistema administrativo avançado e uma elite romanizada que adotava costumes e a língua latina. Vestígios de termas, teatros e mosaicos atestam a prosperidade da cidade.
Scallabis, hoje Santarém, foi um importante centro administrativo na província da Lusitânia. Beneficiada pela proximidade do Tejo, tornou-se um entreposto comercial e militar. A cidade exibe ainda traços da presença romana, como vestígios de muralhas e aquedutos.
Óbidos, embora menor, reflete a integração rural ao sistema romano. A cidade foi adaptada ao modelo de villae, grandes propriedades agrícolas que sustentavam a economia romana. Escavações indicam a prática de agricultura intensiva e a assimilação de técnicas romanas.
A romanização trouxe profundas transformações, incluindo a introdução do latim, a urbanização e a integração a uma economia globalizada. Apesar disso, a cultura local não foi completamente suprimida, resultando em uma fusão cultural que moldou a identidade portuguesa. Lisboa, Santarém e Óbidos são exemplos vivos do impacto duradouro do período romano em Portugal.